Cultura como Arte de Transformação
Durante muitos anos escuto muitas pessoas falarem sobre a
educação como base de transformação, porem o atual sistema educacional amarra o setor de tal
forma, que isola cada vez mais a escola Publica na luta contra a violência que é
por sua vez se torna mais sedutora para nossas crianças e adolescentes.
Antigamente as ONG’s e os movimentos sociais de base, serviam
de apoio para ajudar as escolas publicas e demais serviço de atendimento a
cidadãos levando a política publica de inclusão onde o Governo não conseguia alcançar.
Hoje a escola Publica desenvolve atividades que visam incentivar jovens a
participarem de atividades pedagógicas e esportivas aos fins de semana, mais a
que custo?
Muitas dessas atividades em uma grande maioria são
desenvolvidas por professores e funcionários da escola com o mero intuito de
completar a carga horária, projetos em sua maioria copiados da internet e sem a
mínima importância de adaptação para a realidade da escola em que ele está
sendo desenvolvida.
Não tenho nada contra as atividades desenvolvidas baseada
nas realidades sulistas, porem ações desse tipo não só desmotivam as crianças a
simplesmente ignorar a cultura popular como também contribuem para a
aniquilação das manifestações culturais na sociedade.
A cada dia e mais comum nossos jovens ficarem mais
fascinados com as culturas do sul e sudeste brasileiro e também manifestações internacionais,
na Região Metropolitana de Belém essas ações são cada dia mais evidentes
exemplo disso é a maneira que nossas crianças e adolescentes têm vergonha de
dançar nossas tradicionais manifestações como Carimbo, Ludum, Síria, cordões de
pássaros, marujada Bragantina e etc... E desconhecem nossos históricos heróis como
mestre Lucindo até mesmo o Mestre
Verequete.
Era comum em Belém e região metropolitana vermos os Grupos
de Boi Bumbá (Com as Raízes dos nossos irmãos amazonenses e maranhenses) e
quadrilhas Juninas (De Raízes Nordestinas, mais com grande manifestação em
nosso estado) Encantando Multidões, alegrando arraias e terreiros na capital e
no interior. Mais nos últimos anos essas manifestações vem perdendo a força,
por causa da falta de incentivo e de parceria de varias escolas publica que nem
ceder os espaços para que os grupos possam ter um ensaio digno e com segurança
para seus integrantes.
Essas manifestações não só importante por movimentar o
comercio local, mais sim por causa da formação aplicada aos jovens, muitas
pessoas da sociedade vem com descriminação essas organizações até impedindo
seus filhos e sobrinhos a participarem, nem se dão ao trabalho de conhecer os
diretores e a proposta que o grupo trás para ajudar na formação social dos
jovens, aprenderem a trabalhar em grupo, desenvolver seu contato com publico,
aprender a respeitar seu próximo respeitando a opção sexual e de gênero,
desenvolver sua capacidade de raciocínio, despertar interesses por conhecimento
em vários aspectos curriculares, são alguns conhecimentos que são despertados
nos jovens que muitas vezes o Professor não consegue desenvolver por conta de
nosso desgastado sistema.
Precisamos resgatar essas ações e dar mais valor aos
movimentos de cultura popular não podemos deixar nossa identidade cultural se
perder por falta de um olhar com mais dignidade de nossa sociedade diretores, coreógrafos,
marcadores, puxadores, maestros, músicos, ritmistas... Podem ser atributos que
não parecem muito aos olhos de um cidadão, mais soam melhor que, trombadinha,
traficante, ladrão, assassino etc...